27 de outubro de 2010

Memória global e as eleições

Há algum tempo atrás eu escrevi três posts numa série chamada Memória Global (somos produtores de conteúdo, acessando a memória da grande rede, o que podemos esperar) sobre o mundo de informações que temos hoje na Internet e como as pessoas interagem produzindo e procurando o que querem na rede. Dessa vez eu resolvi retomar o tema voltado às eleições.

Nesse post você não vai ler críticas ou elogios a nenhum candidato, quem me segue no Twitter deve saber quem eu apoio, mas esse não é um assunto para esse blog.

A mídia em geral forma a opinião de muita gente. O que você escuta na televisão e o que você lê numa revista ou na Internet é importante para que você reflita e defina o que acha sobre um determinado assunto.

A mídia não é imparcial, por mais que eles afirmem o contrário. Não importa de qual lado esteja, sempre alguém vai colocar um pouco de si mesmo numa notícia, mesmo sem querer. Na maioria das vezes isso não é ruim, mas a preguiça de pensar pode fazer você simplesmente aceitar uma opinião como verdade absoluta.

Durante as eleições os candidatos tentam convencer os eleitores que eles têm o melhor projeto para o país, estado, cidade, etc. Além dos candidatos a mídia também fala bastante sobre as eleições e dado que não existe ninguém imparcial, a mídia de certa forma também faz campanha.

Em quem acreditar? Se ninguém é imparcial as chances dos discursos serem moldados para favorecer alguém é grande. São muitos fatos e dados, é difícil checar tudo, ninguém faz isso.

É aí que a Internet pode nos ajudar. Não dizem que a memória do eleitor é fraca? É verdade, mas a memória da rede é forte, muito forte.

Eu vou propor uma atividade simples para vocês. O Google tem uma opção para procurar em um determinado intervalo de datas. Experimentem procurar por temas relevantes a eleição em datas anteriores. Assim você pode ver quais eram as notícias publicadas nos governos anteriores. O melhor, notícias publicadas por diferentes veículos, você pode verificar a opinião de diferentes pessoas sobre assuntos dos governos passados.

A memória da Internet não falha, está tudo gravado e você pode procurar.

É dificil esconder as coisas na grande rede. Como disse Eric Schmidt, “If you have something that you don’t want anyone to know, maybe you shouldn’t be doing it in the first place.” Isso serve especialmente para vocês políticos. Seus erros e acertos estão agora gravados na Internet. Com o maior uso da banda larga e com a melhoria na educação vai ficar mais difícil mentir, pois qualquer cidadão vai poder conferir o que vocês dizem checando o passado na memória da grande rede.

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