26 de janeiro de 2010

Memória global: o que podemos esperar

Este é o ultimo post da série Memória Global. Veja os dois primeiros posts: Somos produtores de conteúdo e Acessando a memória da grande rede. Nele vamos ver algumas tendências da área de recuperação de informação.

Várias vezes no post anterior eu mencionei o uso de outros tipos de entradas, diferentes de texto, para procurar informações na rede. Atualmente estamos vendo muita inovação nessa área, um dos principais motivos é a grande evolução dos dispositivos móveis, como o iPhone, Nexus One, etc. Esses dispositivos possuem vários sensores e meios de interação diferentes dos computadores comuns. Eles tem câmera fotográfica, sensores de proximidades, acelerômetro, microfone, meio de identificar a localização do dispositivo, entre outros.

São muito mais possibilidades de interação do que temos com um desktop que abrem um novo leque de possibilidades para inúmeras aplicações, inclusive aplicações de busca e de publicação. O Google recentemente apresentou duas tecnologias que utilizam o poder dos novos smartphones para buscar na rede de forma inovadora. O primeiro projeto é o Google Goggles, uma busca através de imagens tiradas com a câmera de um smartphone. Veja o vídeo abaixo para entender melhor como funciona:



É muito mais intuitivo e prático para alguém tirar uma foto com seu smartphone e a partir dela receber os resultados de uma busca na web.

O outro projeto do Google foi apresentado com o lançamento do Nexus One, que é a interação com o aparelho através da voz, assim possibilitando a busca usando a fala. Veja o vídeo mostrando a pesquisa utilizando a voz no Nexus One:



Mais uma tendência na procura de informações, novamente potencializada pelos dispositivos móveis, é a busca baseada na localização. Serviços baseados em localização foram considerados a segunda maior oportunidade de negócios para dispositivos móveis em 2012 pelo Gartner Group.

A grande sacada da localização é funcionar como um filtro extra para fornecer informações mais específicas para os usuários. Com essa informação é possível filtrar notícias, mapas, pessoas e muitas outras coisas, sua criatividade é o limite, e fornecer o que é mais relevante para quem se encontra na localização fornecida pelo aparelho. Um exemplo de uso da localização como filtro será o "local trends" do Twitter. Por enquanto ele só está disponível para poucos usuários, mas em breve todos devem ter acesso a esse novo recurso.

Os dispositivos móveis estão por toda parte e eles estão cada vez mais poderosos. Hoje carregamos verdadeiros computadores nos nossos bolsos. Esses equipamentos estão se tornando uma ferramenta fantástica para acesso e publicação das mais variadas informações: fotos, vídeos, texto, áudio, etc. É bem provável que os investimentos em pesquisas para esses dispositivos continuem crescendo nos próximos anos, ninguém vai querer perder o mundo de informação alcançável através de um dispositivo móvel nem a capacidade de rapidamente puxar o aparelho do bolso e em poucos minutos publicar novidades na rede.

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